sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Oficina de idéias

Balé Guaíra reúne novas propostas e concepções no projeto Atelier Coreográfico

Ampliar ainda mais as perspectivas profissionais dos integrantes do Balé Teatro Guaíra, possibilitando que cada bailarino exerça todas as funções necessárias para a montagem de coreografias – do figurino, passando pela cenografia, até a direção musical. Esta é a proposta do Atelier Coreográfico, projeto criado em 1980 pelo então diretor da companhia, Carlos Trincheiras, e resgatado após um hiato de oito anos, pela atual diretora do BTG, Carla Reinecke, que trouxe de volta ao palco do Guairinha o variado mosaico de propostas e concepções coreográficas resultantes do trabalho dos próprios profissionais da companhia.

De hoje a domingo, o BTG apresenta uma segunda temporada de cinco trabalhos criados por seus integrantes, que marcaram a volta do Atelier Coreográfico à ativa em junho deste ano, com grande sucesso de público e crítica.

Investir na exploração do espaço cênico e coreográfico a partir de estímulos provocados pela música e os demais elementos de cena, como cenário e figurino, é a proposta de Sem Texto...Sem Contexto, coreografia que abre o espetáculo.

Em seguida, Sadik, leva o público a refletir sobre o relacionamento entre indivíduos, do seu próprio corpo com o ambiente e sobre a maneira com que nos fazemos presentes. Já Sharbat apresenta a saga de uma mulher afegã que viveu metade da vida fugindo da guerra em seu país.

As diversas máscaras sociais assumidas pelo indivíduo são questionadas através da arte do vestuário na coreografia Indumentária, penúltima do espetáculo, que é encerrado com a inusitada Suor Lake – trabalho elaborado dentro d’água, cuja proposta é desconstruir a própria coreografia, por meio da aplicação da técnica flying low, criada pelo professor, bailarino e coreógrafo venezuelano David Zambrano e baseada na manutenção do equilíbrio.

Publicado na Gazeta do Povo em 13/09/20097

Nenhum comentário: